quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Desabafo

Depois de mais um dia de trabalho, eis que chego a casa e a net estava ligada. Não, não tenho fantasmas em casa, nem nada do género. A minha cara metade estava a usar o computador e aproveitei logo para vir eu ocupar o seu lugar, apenas para poder aceder ao blog e poder desabafar.
Ontem fui ao velório do meu familiar, meu tio-avô, de facto, e quando fui dar os pêsames à viúva senti com horror que as lágrimas me inundavam os olhos. Não pensem que quero mostrar fanfarronice, ou outras coisas que tais, mas apenas não queria fazer uma cena no velório.
Há tantos anos que não lidava com ele, que não me achei no direito de deixar cair essas mesmas lágrimas. E se eram sinceras!
Desde que tenho a minha cria, dou por mim a pensar no significado de ter familia, de SER familia. Não acredito naquelas reninões apenas quando há aniversários ou funerais. Familia deveria ser quando nós decidissemos!
Por isso aquelas lágrimas. Tanto tempo que se perdeu, tantos laços que praticamente desapareceram, porque não houve manutenção dos mesmos! É afinal um ramo da minha familia que quase desapareceu. As ligações estão lá, não se podem negar, mas com a partida dele, que era quem de facto nos mantinha unidos, como continuar a mantê-los?

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