sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Actualizações...

Reparei que há já alguns dias que não escrevo nenhum post, mas agora vou fazer as actualizações, para que vocês saibam o que andei a fazer, se bem que não não me justificam as faltas que aqui dou...
Mas é assim: vou começar com terça-feira. Levei a cria a uma consulta de dermatologia porque desde bebé que tem o hábito de enrolar o cabelo no dedo e ao puxar, acabou por criar uma pelada, mas acabou por não se mostrar necessário, porque a dita pelada entretanto desapareceu, felizmente.
No comboio, de regresso a casa, meteu-se com um casal que estava à nossa frente e foi giro ouvir a sua conversa. Uma das vezes, quando eles comentaram que tinham um filho, a conversa que se seguiu foi mais ou menos assim:
«Mas vocês têm um filho? Quantos anos tem?»
«Ah, é grande. Tem 20 anos. Vai fazer 21 este ano.»
«Ah, pois, então é grande. Eu logo vi que não era pequeno. Porque se fosse pequeno tinha de estar aqui com vocês.»
E outras mais, mas agora passo para quarta-feira. Dia de greve. Aqui em casa também, se bem que a pequena cria queria ir para a escola!!! Acabou por ir passear com o papi e a mamã até Lisboa. No Fórum Chiado encontrou um Pai Natal, foi-lhe falar, recebeu um livro e ainda a responsabilidade de mandar os cumprimentos do Pai Natal ao seu amiguinho Gonçalo.
Quinta-feira voltei novamente a Lisboa, para uma consulta de otorrino. Um fungo alojado no ouvido não é brincadeira, e mais ainda o que me aconteceu. Tinha de ir até às Torres de Lisboa, mas meti na cabeça que isso ficava perto do Hospital Santa Maria, por isso saí em Entrecampos... e fui a pé. Chegando ao meu destino - errado - indicaram-me o caminho a tomar. E toca de tornar a andar mais uma meia hora. Depois da consulta, regresso Sete Rios, para apanhar o comboio.
E nesta caminhada toda, sem saber bem porquê, lembrava-me dos sapatos da Vera, a Loira. E acreditem, os meus não eram nada parecidos: umas botas que a minha cara metade achou estarem na moda, daquelas de borracha, de cano curto e salto baixo. Mas depois de todas estas voltas, meus ricos pézinhos...
Sexta-feira... é hoje! Dia de trabalho, claro está, mas não me posso queixar. Há quem não tenha um. (E outros que não o querem ter, mas isso fica para outro dia.)
Por isso, agora já sabem porque demorei a vir até aqui.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

TUDO O QUE TENHO (Dezembro 1997)

Tenho no meu coração
Bocadinhos de dor
E na minha mente
Lembranças difusas
De um grande amor
Sinto-me assim
Sem saber explicar
Se viva se morta
Se acordada se a sonhar
A vida é tão dificil
E sem aquele amor
A única certeza que tenho
De tudo o que possuo
São bocadinhos de dor
E lembranças difusas
De um grande amor

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais politiquices

Este não era o titulo que ia escrever, mas até ver, vou deixá-lo ficar.
Hoje vi o final da entrevista do presidente Barak Obama com um apresentador americano conhecidissimo, mas do qual agora não recordo o nome.
E apesar de saber que Portugal não se pode comparar aos EUA - até que ponto? - gostei de ouvir as justificativas deste homem.
O primeiro ponto a realçar foi que ele mesmo disse que todas as decisões acabam por ter de ser estudadas sob o ponto de vista politico. Ou seja, neste caso, ele precisa de 60 votos (segundo recentes alterações do senado) para ver aprovadas quaisquer decisões. E o pessoal lá funciona pouco mais ou mesnos assim: há uma oposição (claro) e depois os outros que dizem: "ah, como ele não vai conseguir os 60 votos, nem sequer vou pensar mais no assunto..."´
E por isso ninguém tenta chegar a um consenso, estão-se "marimbando" para todo os outros. Desde que o deles esteja salvaguardado...
Depois, há ainda a questão dos lobbies, que são aqueles que não fazem nem deixam fazer. Aliás, eles fazem: não deixam os outros fazer.
E novamente, desde que o deles esteja assegurado...
De qualquer modo, fica a questão:
E em Portugal não é assim?
Novas regras para a Assembleia: se eles não estão presentes, é porque não fazem falta. desapareçam. Vão ocupar uma das posições pelas quais recebem pensões; acabou-se a mama com os telemóveis, transportes, motoristas, secretárias, almoçaradas à grande e à francesa, aos gabinetes de luxo...As despesas de todos os membros do governo deveriam ser tornadas publicas e, após um certo valor, só deveriam poder ser realizadas mediante justificação e aceitação dessa mesma justificação.
Bom, mas jé é tarde e falar de politica a esta hora deixa-ma com azia.
Até breve.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Greves

O país está mal, e já encontrei algumas blog-opiniões sobre isso. Quanto à greve do dia 24, penso aderir, mas no local de trabalho. Infelizmente, não tenho possibilidade de abdicar do valor de um dia de trabalho, já que o pouco que ganho tem de ser bem contado na distribuição dos rendimentos ao longo do mês, principalmente por causa da minha cria.
Estive a dar uma vista de olhos ao blog do Carlos - Conversas daqui e dali - e gostei do comentário da Carla Farinazzi. No Brasil, o povo vestiu-se de preto, as caras pintadas de verde e amarelo e o presidente da altura demitiu-se. Quem me dera que isso acontecesse cá no nosso Portugal, e que o PM ganhasse vergonha e se demitisse.
Chega de gozar com as pessoas, de lhes tirar cada vez mais a dignidade e o direito de terem uma vida melhor com rendimentos aceitáveis e melhores acessos à saúde e educação. Chega de colocar todos os funcionários públicos no mesmo saco, sacrificando-os, mas não fazendo o mesmo a quem tem usufruido dessas regalias mórbidas de que tanto se tem falado.
E chega de fazer ouvidos de mercador. Troquem os elementos do pódio por outros quiçá mais discretos e com vergonha na cara, que não mostrem desrespeito pelas opiniões dos outros, como fez esse senhor, se é que esta palavra lhe pode ser aplicada,  numa das últimas sessões da Assembleia a que assisti.
Enquanto os colegas o confrontavam sobre onde poderia ir recuperar o dinheiro que o ministro das finanças diz que se vai perder em virtude do novo acordo, ele cochichava com o elemento ao seu lado, qual garoto de escola que não reconhece o valor dos outros colegas.
Estou desejando que uma mulher chegue ao poder, de preferência uma dona de casa, que saiba manobrar a carteira que é de todos nós, que evite que andemos a pedir dinheiro que nem sequer é para nós, para depois pagarmos juros altíssimos e comprometermos o futuro dos nossos filhos e netos.
Enquanto esse tempo não chegar, peço a todos e a cada Português que não deixe que lhe atirem areia para os olhos nas próximas eleições, que os mantenham bem abertos e tome parte da responsabilidade de levar este País a melhor porto.
E se tivermos de fazer como deu nas noticias que fazem no Brasil - o voto é obrigatório e quem não cumprir é penalizado - avancemos. É tempo de aceitar essa responsabilidade e de ajudar a levar Portugal avante.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Alegrias

Tenho coisas para fazer, não posso perder tempo, mas já que tive de vir à net, aproveitei para espreitar o meu blog e... além de ter três seguidores (neste caso seguidoras), tenho mais comentários!!!
Fiquei mesmo satisfeita, feliz, daquela felicidade que as crianças sentem quando vão à feira e comem algodão doce -  pelo menos assim me senti.
E agora, porque começo a ver que as minhas palavras não ficam lançadas à toa no meu espaço, sinto uma alegria tão grande, tão indescritivel, que nem dá para extravasar para aqui. Este foi um projecto que começei a medo, incentivada pela minha amiga de longa data, mas parece que posso começar a perder esse receio e continuar a avançar.
Obrigada a vós por isso.

Cecilia no blog da Poetic Girl

Estava a dar uma vista de olhos nos blogs que estou a seguir quando, de respente, no blog Poetic Girl me salta à vista um nome: Cecilia Meireles. E foi porque em tempos vi publicado um trabalho dela que adorei, embora não vos possa dizer em que revista ou em que data.
Copiei o seu poema, e resolvi fazer-lhe uma adaptação minha, esta datada de 2007.
Ficam aqui as duas versões. Cecilia, se por acaso chegar a ter conhecimento deste meu atrevimento, peço-lhe que não leve a mal. Só o fiz porque a sua escrita mexeu de facto comigo.

CANÇÃO, por Cecilia Meireles

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colora as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo de àgua vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito:
praia lisa, àguas ordenadas
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.



E aqui está a minha adaptação:

O mar pode não crescer
E o meu sonho não se afogar
O que vai ser preciso
É eu continuar a chorar

Estão quebradas as minhas mãos
O coração despedaçado
Os meus olhos estão secos
O meu sonho naufragado

É debaixo de àgua
Dentro de um navio
Que o meu sonho naufraga
E a noite se curva de frio

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O tempo voa

Queria hoje dedicar um pouco do meu tempo ao blog, mas como já tenho a cara metade e a cria na cama, não me posso demorar. O mais querido destes últimos minutoa foi que a cria se quis ir aninhar na minha cama mas a conversa era tanta, a galhofa não parava, e lá tive de a mandar para a sua própria cama.
Mas é uma doçura ver este rebento, originado na mistura de dois seres, dar estes mimos que nos aquecem o coração.
Espero que nunca mudes,coraçãozinho.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sem tempo

Queria deixar aqui um post bem mais comprido do que o que vou deixar, e com mais sentido, mas a minha cara metade acordou e não gostou de se ver só na cama.
Uma questão: a minha cria disse-me para ir dormir na sua cama.
E agora, que escolha fazer?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Orçamentos

Pois é, já devem ter reparado que houve uma lacuna de tempo deste o meu último post e este, apesar de o assunto ser o mesmo: a preparação do Orçamento. No entanto, aqui estou, a postos para deixar o meu ponto de vista. Então começemos: antes de mais, a orientação do dito Orçamento, em vez de ser entregue a pseudo engenheiros e classes similares, formados ao fim de semana, deveria ser entregue a um grupo de donas de casa. Sim, leram bem. Donas  de casa. São de certeza pessoas com tal agudeza de espirito e jogo de cintura (ou deverei dizer de carteira?), que de certeza saberão como repartir os valores monetários entre a alimentação, a saúde e a educação, para mim os pilares mais importantes da nossa sociedade. Depois, se supostamente sobrar algum dinheirito, poderemos pensar na parte da cultura, nos transportes, telecomunicações e outros que tais.
Sem me querer alongar, deixo já aqui que nenhum politico, nem ninguém que ocupe cargos em empresas que contem com dinheiro público, deveria auferir de vencimentos superiores ao do Senhor Presidente da República. partindo do principio que ele é a figura que representa Portugal...
Qualquer uma destas pessoas só poderia auferir de uma única reforma, a receber quando efectivamente se aposentar. E cortar-se as mordomias. Carro, motorista, telemóvel, despesas de representação e outras vulgaridades que tais... bani-las a todas.
Sou eu, e muitos como eu, quem melhor representa Portugal, pois temos o ordenado cada vez mais reduzido, os descontos cada vez a aumentarem, os impostos, as despesas da casa (renda, luz, àgua, televisão, etc) a seguirem pelo mesmo caminho.
Utilizem os transportes públicos, e remetam os vossos motoristas aos lugares de origem, que bastante falta lá devem fazer, ou conduzam vós mesmos. Admito que que vos paguem o passe social para frequentarem todos esses meios de transporte, os subsidios de refeição equiparado ao do funcionário em geral, que de certeza não dá para comermos num restaurante de quatro ou cinco estrelas - muitas vezes nem num de duas estrelas!
Esta é a primeira parte da minha proposta para o Orçamento. Façam as contas, vejam quanto se poupa e quanto se consegue baixar o défice.